Ao completar um ano de isolamento, já enfrentamos várias faces da pandemia, desde recomendações flexíveis até o lockdown, que é a versão mais rígida do distanciamento social e de caráter obrigatório. É evidente que precisamos estar preparados para o fechamento dos serviços não essenciais, de maneira intempestiva, durante os próximos meses.

Assim como uma vacina tem a função de produzir anticorpos em nosso organismo, eventos que interferem na sociedade de maneira geral, como uma pandemia, servem de aprendizado para que possamos estar preparados para o futuro.

Um dos maiores legados que a pandemia nos deixa, a duras penas, é a importância da adaptação. No exato momento em que ficou impossível estarmos presentes fisicamente, migramos, quase que instantaneamente, para o mundo virtual. Mudamos hábitos de higiene, alimentação e rotinas de trabalho. Foi necessário aprender a sobreviver em um mundo doente.

Quem saiu na frente foram os empreendedores digitais que vislumbraram um oceano azul1 pela frente, atingindo recordes de faturamento e aprimorando ainda mais as técnicas de comércio on-line. Um segundo grupo que também se destacou foi o dos que perceberam o timing dos acontecimentos e rapidamente se adaptaram ao novo contexto. Aqueles que, por algum motivo, não reconheceram o novo cenário, ou não tiveram a possibilidade de adaptação, sucumbiram à falência.

A habilidade de adaptar-se aos acontecimentos é uma exclusividade dos seres humanos. Há 70 mil anos, quando nossos ancestrais começaram a formar as estruturas cognitivas, foram capazes de se destacar dos demais animais, por meio da inteligência e da criatividade2. Essa evolução nos trouxe até os dias de hoje, e fez com que dominássemos outras espécies. Ocorre, que agora, precisamos nos valer dessas mesmas capacidades para continuarmos sobrevivendo.

Seria ingenuidade não estarmos preparados para os próximos eventos. Já tivemos a chance de aprender com as dificuldades que enfrentamos.

Flexibilidade e capacidade de adaptação são as características mais importantes nesse momento. Precisamos estar um passo à frente da próxima oportunidade.


1. A estratégia do Oceano Azul é o conceito criado por Chan Kim e Renée Mauborgne, que descrevem, no livro A estratégia do Oceano Azul, a solução para as empresas crescerem em mercados inexplorados.

2. Harari, Yuval Noah, 1976 – Sapiens – Uma Breve História da Humanidade


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1. A estratégia do Oceano Azul é o conceito criado por Chan Kim e Renée Mauborgne, que descrevem, no livro A estratégia do Oceano Azul, a solução para as empresas crescerem em mercados inexplorados.

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