Nossa anatomia pouco evoluiu em milhares de anos, grosso modo, nosso corpo é quase o mesmo desde o Homo sapiens. O cérebro humano permanece praticamente igual desde a pré-história, evidentemente evoluindo muito nas questões comportamentais e intelectuais. Também aperfeiçoamos a comunicação, a interpretação, o raciocínio, o controle das ações e das emoções.
O homem tem uma capacidade que o diferencia de todos os outros animais, sendo o único ser vivo que realiza, por iniciativa própria, atividades que vão além das ações básicas de sobrevivência, como comer e reproduzir. Mesmo com essa característica única, sair da zona de conforto nos exige muito esforço, pois a nossa natureza nos ordena a não desperdiçar a energia essencial para o bom funcionamento do cérebro.
Segundo estudos realizados pelo Dr. Javier DeFelipe, professor de pesquisa do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), “O cérebro humano representa, aproximadamente, 2% do peso corporal, e consome 20% do oxigênio e da glicose do organismo”.
Isso significa que de toda a energia consumida pelo nosso organismo, 20% são destinadas somente para o cérebro.
Inconscientemente, agimos como se todos os esforços que destinamos para a prática de atividades físicas, estudo, trabalho, etc., estivessem sendo desviados, por isso, muitas vezes sabotamos essas práticas, pensando estar preservando o bom funcionamento do cérebro.
Precisamos compreender este fenômeno e buscar diariamente motivação para seguir em frente. Devemos refletir à luz de nossa capacidade mental e compreender a importância de vencer a inércia que somos tentados a perpetuar.
Se tomarmos a iniciativa na busca pela evolução e da autorresponsabilidade, iremos compreender que somos os únicos responsáveis por tudo que nos ocorre. Por isso é importante encontrar nossa vocação no mundo e reconhecer nossas limitações para que possamos superá-las, e assim, avançar no caminho do processo evolutivo.
“Não há progresso sem mudança. E, quem não consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma”
George Bernard Shaw